EM CIMA DA HORA - Carros da Câmara rodam mais de 10 mil km em 4 meses
Resposta ao pedido de informações só foi entregue no início da tarde da sexta-feira, último dia do prazo, e via e-mail. Alegação é que não havia ninguém na redação. Então o horário era de almoço

A página 3 desta edição já estava pronta, à espera da edição na gráfica, quando recebemos a resposta ao pedido de informações feito à Mesa da Câmara, no dia 9 de maio ado. Eram 14h46 de ontem, sexta-feira, dia 30, quando recebemos a resposta, com a informação de que “estivemos por duas vezes na sede do jornal e não encontramos um responsável para receber tais informações”. Há que se salientar que o editor da FOLHA, jornalista Renilton Pacheco, chega à redação na sexta-feira por volta de 7h30. Os demais funcionários, às 8h. Apenas entre as 12h00 e 14h, horário de almoço, é que não tinha gente na redação do jornal. Ressalte-se ainda que o pedido foi protocolado no dia 9, boa parte das informações já estavam disponibilizadas, no dia 14 de maio, à gerência da Casa, e, somente na sexta-feira, dia 30, a resposta foi entregue. Talvez tenha sido este o prazo necessário para se redigir duas páginas de informações, bastante genéricas, diga-se.
Portanto, na próxima edição da FOLHA, vamos rear aos leitores os detalhes da resposta e as possíveis contestações, caso seja necessário fazê-las. Porém duas questões nos chamam a atenção na resposta. A primeira é a de que, em quatro meses, já foram gastos, conforme a resposta, R$ 4.587,59 em aquisição de combustível. Calculando-se o preço da gasolina a R$ 6 o litro, daria para adquirir algo em torno de 765 litros. Com esse volume, em veículos que têm média de consumo de 13 km/litro, daria para rodar quase 10 mil km. Para se ter ideia da distância percorrida, cortar o Brasil, de Oiapoque ao Chuí, dá pouco mais de 5 mil km. Assim, daria para cruzar o país duas vezes. E, antes que apareça alguém afirmando que isso não é questão a ser olhada, precisamos é afirmar que se trata de gasto de dinheiro público, que, na opinião da maioria, não tem dado o retorno que se espera. Outro fator a se observar é que, em uma das respostas, se afirma que “(o uso dos veículos) para fins pessoais estão proibidos”. Como afirmado, na próxima edição, publicaremos as respostas.